sábado, dezembro 24, 2005


Natal


[Daqui]

I keep my snowman in the freezer
Just behind the pies
He likes it there, he told me so
I can see it in his eyes.

I made him on a cold, cold morning
When the snow was fresh and deep
Now he sits in the freezer
Near the fish that we got cheap.

I keep my snowman in the freezer
And look at him each day.
If I’d left him in the garden
He’d simply have melted away.

But now he’s like my Grandma
Living somewhere safe and nice;
He’s in a frosty, snowy palace
On a throne of coldest ice.

I keep my snowman in the freezer
Near a lump of frozen beef
And I’ve got a treat for him in August:
I’m taking him to Tenerife!


I KEEP MY SNOWMAN IN THE FREEZER
by Ian McMillan


Para todos um Bom Natal!

quarta-feira, dezembro 21, 2005


Está o pluralismo inquinado


[Daqui]

Neste blog, inexiste qualquer eleitor Jerónimo. E, sendo cinco os contribuintes, não há razão que legitime tal falta. Na prática, possuímos um cromo repetido para a troca. Somos monolíticos, está visto.


«... o PR não tem poderes...» III

[logo, só quando o tempo acabar é que vou expor as minhas ideias]


«... o PR não tem poderes...» II

[logo, esta é a minha maior batalha de sempre]


«...o PR não tem poderes...» I

[logo, eu tenho mais competências do que ele]

terça-feira, dezembro 20, 2005


«...visto que sou uma pessoa de paz...» III

[ apesar de estar em terceiro lugar nas sondagens, não ser o salvador da pátria e o jogo não ser limpo...]

«...desejo boas festas e feliz ano novo»


«... visto que sou uma pessoa de paz...» II

[ e já que não vou dizer as coisas nojentas e badalhocas que outras pessoas me disseram ao telefone sobre cavaco]

«... desejo boas festas e feliz ano novo»


«... visto que sou uma pessoa de paz...» I

[ e porque sou muito humanista; sou muito condescendente e vou receber o prémio revelação como entrevistador ]

«... desejo boas festas e feliz ano novo»


A maldição de Américo Tomás

Nada a fazer, nasci sob o signo dos maus presidentes da república.


Cavaco, o incentivo à emigração

Pensem nos vossos filhos!


Small mercies

In a recent interview, President Bush said, "I know a lot of people who are glad we're in Iraq." When asked who, the President said, "The leaders of North Korea and Iran."

Conan O'Brien, Late Night with Conan O’Brien

domingo, dezembro 18, 2005


Como escolher um PR

Escolher um Presidente da República para Portugal é tarefa fácil. O cargo é pouco complexo e não exige elevado grau de especialização. Para mais, a oferta é vasta e a procura baixa. Não é como se estivéssemos a escolher um canalizador.

Em qualquer dos ofícios, a chave é simples: para que o queremos? No caso do PR, diz a Constituição que o dito representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e é, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas.

Vamos dar de barato que, não obstante as invasões espanholas e os delírios dos nossos caciques, a independência nacional e a unidade do Estado não estão em crise, nem é previsível que o venham a estar, e que a inerência tem a relevância de meia dúzia de paradas e uma ou outra cerimónia protocolar.

Restam ao PR duas funções essenciais: representar Portugal e garantir o regular funcionamento das instituições democráticas. Em termos práticos, noventa e nove por cento do tempo, um PR só representa. No remanescente um por cento do mandato, garante que a coisa pública se mantém nos limites da democracia. Ou seja, no dia a dia é a cara do país e em situação de crise será o bombeiro do sistema.

Segue-se que a escolha de um PR passa então por dois requisitos básicos:
1. Qual dos candidatos ao lugar dá, intra-muros e fora de portas, a melhor ideia do país?
2. Qual deles seria, em caso de crise, capaz de manter a calma e a objectividade, de forma a tomar as decisões certas para resolver o problema no quadro democrático vigente?

Se a estas duas perguntas respondeu com o mesmo nome, tem a decisão tomada. Se as respostas foram diferentes, tem duas hipóteses: ou privilegia a representatividade e vota num putativo Prémio Nobel da Paz com boa imagem, ou prefere saber que na eventualidade dum incidente tem ao leme um tipo cool e vota num Chefe de Bombeiros com bom senso.

So easy. E que não me agradeçam os indecisos que por aqui passarem. Não têm de quê. Fica a gratidão adiada para o dia em que me pronunciar sobre a questão bastante mais candente da escolha de uma boa engomadeira.

quarta-feira, dezembro 14, 2005


Acabou?

A montanha não pariu grande coisa.


Soares: as minhas banalidades são menos banais do que as dele!

Não obstante Soares ter puxado da toga, Manuel Alegre esteve melhor nas banalidades sobre a Justiça.


Banalidades

Só sobre a Justiça?
Diz o roto ao nu... porque não interessas tu?


CCS vs MST

MST, goleada.


"Em matéria de água, tenho responsabilidades particulares"

Soares dixit. Certo, é um produtor de créditos firmados.


Do alto deste debate...

Cento e cinquenta anos nos contemplam. A questão da experiência não será algo despicienda?


Alegre e Soares: two peas in a pod

O que os separa? Até agora, parece uma questão de bolas. Na gravata soarista, claro.


Tempo de ser honesto

O modelo de debate, subscrito por todos os candidatos presidenciais, deve, pelo menos, cuidar evidenciar, se possível até ao tutano, o que cada um deles pensa, defende, propugna em relação aos temas questionados pelos moderadores e, se tal se propiciar, como será sempre desejável, às questões levantadas pelo respectivo oponente. Assim, o direito à réplica fica desde logo assegurado e à tréplica, porventura.

Ora, se o candidato não responde plenamente, se se escusa a responder ou ludibria a questão, fica ao seu próprio critério e, obviamente, à mercê do juízo do eleitor.

O que lamento é a mentira descarada e vergonhosa, sob a capa de um pretensiosismo demagógico, clericalista, homiliário e insano, com que o eminente Prof. Louçã apresenta o seu novo modelo para o financiamento da protecção social, no âmbito - e pedra basilar - do seu manifesto de candidatura presidencial. Entre outras.

Sugere o Prof. Louçã que para garantir o financiamento sustentável da protecção social nas próximas décadas é necessário «A redução da Taxa Social Única em 3,5%, que facilita a criação de emprego nos sectores trabalho-intensivos, conjugada com a compensação por uma taxa de 3% sobre o VAB» (Valor Acrescentado Bruto) «das empresas,» permitindo «garantir esta sustentabilidade para além de 2035 ou 2050, conforme a evolução demográfica.»

Traduzindo, o Prof. Louçã é adepto da criação de um novo imposto (sobre o VAB) que iria penalizar, sobremaneira, todas as empresas que apostam na modernização e nova tecnologia (capital-intensivas), que vindicam, através das exportações, a sua própria sobrevivência no mercado global; sendo certo que esta sobrevivência passa meritoriamente por uma crescente competitividade de toda a economia e não por salários baixos, mas consentâneos com elevadas qualificações. E quem não aguentasse a nova carga fiscal, entregaria títulos de participação (acções, quotas e... o que mais houvesse) ao Estado. Enfim, uma grande marcha pela reestatização.

Indefensável.

terça-feira, dezembro 13, 2005


Alegre, o desajeitado

Homem de letras, Manuel Alegre é o candidato menos hábil no argumento sem guião: the man is not capable of thinking on his feet and shows no killer instinct.

Se não o estava já, tal ficou agora provado. Não vi o debate (ou a dupla entrevista - chamar debate a este formato tão carinhoso para com os candidatos menos aptos à réplica é pleonasmo) de ontem, entre Alegre e Louçã, pelo que dei uma leitura rápida pelos jornais on line em busca de um relato.

Encontrei no CM esta belezura de jornalismo, assinada por um senhor chamado Azenha: A propósito da eventual demissão de Alberto João Jardim, que Francisco Louçã prometera esta semana demitir se fosse eleito Presidente da República, Manuel Alegre afirmou, lembrando um alerta de Adriano Moreira para uma omissão na Constituição sobre esta matéria, que "quem é dissolvido não deveria voltar a candidatar-se, pelo menos durante um tempo". E Francisco Louçã contrapôs: "Ninguém pode ser inibido de se candidatar por causa da avaliação política do seu mandato". E essa "opinião [da inibição] é errada", rematou. Alegre acabou por condescender: "Admito que sim".

Lido isto, o observador fica com a ideia que Alegre propôs uma alteração absurda à Constituição e que acabou por conceder o seu erro perante a sapiência do adversário. Ora, vim entretanto a saber que o que aconteceu realmente foi que, à peregrina ideia do bloquista em dissolver a Assembleia Regional para demitir AJJ pelos seus acessos anti-democráticos, Alegre respondeu ser tal pouco eficaz a não ser que se alterasse a Constituição para impedir "o dissolvido" de poder voltar a candidatar-se de imediato. Ao que Louçã retorquiu que ninguém pode ser inibido de se candidatar por motivos de avaliação política e convidou Alegre a reconhecer o erro dessa possibilidade, que Alegre admitiu. Fica assim, na opinião menos atenta, et pour cause no senhor Azenha, que Alegre errou e que Louçã o encostou às cordas.

Ora, é Louçã que traz o absurdo para a mesa. Alegre deveria ter respondido incisivamente e até com algum humor… ó Francisco Louçã, mas quer dar ao AJJ mais uma oportunidade de se vitimizar e de obter uma maioria punitiva contra o perverso "contnente"? A sua ideia só poderia ter alguma eficácia se, após uma dissolução provocada pela necessidade de demitir um PM ou um PGR, este se não pudesse novamente candidatar, o que é inconstitucional. Ou seja, o meu caro adversário limita-se a arejar uma medida populista e pouco pensada, para eleitor ver, o que, infelizmente, lhe é muito habitual.

Mas Alegre é um desajeitado. Perante a tontice de Louçã, acaba por ficar ele com o ónus da patacoada. E se a capacidade de debate não é transcendente num PR, a imagem de segurança é pão para a boca do votante.

domingo, dezembro 11, 2005


A nostalgia da Marinha Grande

Os soaristas andaram hoje num alvoroço de esperança com as notícias que correram sobre a "agressão". No mínimo, esperavam um sobrolho deitado abaixo, um olho negro, dois pontitos algures... Vai-se a ver e nem um arranhão. É triste, mas já não se fazem agressores como soía.

domingo, dezembro 04, 2005


De bancada

Se fosse directora de campanha de Mário Soares

Mandava-o passear para o Vale do Ave vestido com têxteis made in China. Ou marcava-lhe uma intervenção como convidado de honra no XXX Encontro dos Retornados de Angola. Sempre sem seguranças, que o povo é sereno e a Marinha Grande fica ali ao virar da esquina.

Se fosse directora de campanha de Manuel Alegre

Sempre que lhe surgisse a pueril vontade de falar sem guião, obrigava-o a debitar meia dúzia de tretas sobre a ditosa Pátria sua amada e a recitar quatro estrofes dos Lusíadas.

Se fosse directora de campanha de Jerónimo de Sousa

Todos os comícios seriam realizados nos "Alunos de Apolo".

Se fosse directora de campanha de Francisco Louçã

Contrataria Maria Barroso como Mandatária para a Juventude.

Se fosse directora de campanha de Cavaco Silva

Após deglutir (off camera) uma empada (vade retro doces natalícios!) muito suspeita - que alguém (por coincidência um fulano bastante parecido com o secretário do nosso assessor de imprensa) sopraria ao Expresso ter vindo de uma pastelaria sita em Nafarros - o candidato desenvolveria uma terrível infecção nas cordas vocais, com prescrição médica de silêncio absoluto por quarenta e nove dias. Possibilidade de recidiva nos quinze subsequentes.